Museu Virtual de Tucuruí

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A maior obra de engenharia da Amazônia

Os primeiros estudos para a construção de uma hidrelétrica que aproveitasse o potencial do Rio Tocantins iniciaram-se por volta de 1957 e seguiram durante a década de sessenta. Com o início da ditadura militar foi implantado no sul do Estado o Projeto Grande Carajás, visando o desenvolvimento da Amazônia Oriental através da atividade minero metalúrgica e de projetos agropecuário-florestais. No entanto, para a consolidação desse projeto, TUCURUÍ tornava-se ponto decisivo.


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A Usina Hidrelétrica Tucuruí é a maior obra de engenharia já realizada na Amazônia, um marco da engenharia mundial de barragens, pela sua magnitude, execução e operação. Dominar o Rio Tocantins foi uma tarefa de gigantes. Levar máquinas, equipamentos e trabalhadores, dos mais distantes lugares do Brasil e do mundo, exigiu uma complexa logística, com a construção de estradas, aeroporto e vilas residenciais. A construção de Tucuruí é uma história que mistura a garra e a criatividade do povo brasileiro com o profissionalismo da engenharia nacional.


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Tucuruí foi construída em duas etapas, tendo inicialmente 12 unidades geradoras principais (350 MW) e duas unidades geradoras auxiliares (22,5 MW). Na 2ª etapa mais 11 unidades geradoras de 375 MW, totalizando 25 unidades e uma potência instalada de 8.370 MW consolidando a Eletrobras Eletronorte como sendo a terceira maior geradora do País, e representando aproximadamente 10% de toda a capacidade instalada no Brasil, fazendo chegar milhões de megawatts a praticamente todas as regiões brasileiras por meio do Sistema Interligado Nacional – SIN. São atendidos também os grandes projetos minero-metalúrgicos, o que resulta nos maiores contratos de fornecimento de energia elétrica no mundo.


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Tucuruí também representa a formalização de um compromisso do Governo Federal com as populações circunvizinhas ao empreendimento. A montante e a jusante da barragem estão sendo realizados investimentos em projetos de saúde, educação, meio ambiente, desenvolvimento urbano, agricultura familiar, etc. São dezenas de projetos socioambientais, todos voltados para o desenvolvimento sustentável e para a melhoria das condições de vida das comunidades do entorno.


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Além de obras de infraestrutura, Tucuruí proporciona a difusão de conhecimento e melhorias das condições de educação, como por exemplo, por meio do convênio firmado com a Universidade Federal do Pará que se destina a criar na região um centro de referência nas áreas de Engenharia Elétrica, Civil e Mecânica. Na área de meio ambiente existem convênios com diversas e renomadas instituições de pesquisa, como o Museu Paraense Emílio Goeldi.


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HISTÓRIA


Na História da Eletrobras Eletronorte, 21 de novembro de 1975 é uma data especial. Nesse dia, começaram as obras de infraestrutura da Usina Hidrelétrica Tucuruí, no sudeste do Pará. A Empresa começou a atuar no Estado do Pará com a missão de preparar a infraestrutura energética necessária para atender ao polo minero-metalúrgico que seria instalado no oeste do Pará.


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GERAÇÃO


Construída em duas etapas, Tucuruí tem capacidade instalada de 8.370 MW. As obras da primeira casa de força — com 12 unidades geradoras de 350 MW, duas auxiliares de 22,5 MW e potência instalada de 4.245 MW – foram concluídas em dezembro de 1992.


Em junho de 1998, foi iniciada a construção da segunda casa de força, com 11 unidades geradoras de 375 MW e potência instada total de 4.125 MW, concluída em dezembro de 2006.


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Os investimentos na expansão da Usina Hidrelétrica Tucuruí totalizaram R$ 3,7 bilhões. No período de construção e montagem não houve qualquer restrição orçamentária e as obras nunca foram interrompidas. No pico dos trabalhos, o canteiro de obras empregou sete mil trabalhadores.


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TRANSMISSÃO


Principal geradora do Sistema Norte-Nordeste, Tucuruí passou a fazer parte do SIN em março de 1999 com a conclusão da Interligação Norte-Sul. Essa linha permite a preservação de reservatórios hidrelétricos em outras regiões durante o período hidrológico favorável no Rio Tocantins.


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A energia firme e renovável de Tucuruí é escoada por linhas de transmissão de 230 kV e 500 kV. Além de atender os mercados do Pará, Maranhão e Tocantins, com cerca de 3.500 MW médios mensais, a Usina exporta energia para os sistemas Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste.


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RESPONSABILIDADE SOCIAL


A energia distribuída pela Eletrobras Eletronorte a partir de Tucuruí beneficia cerca de 40 milhões de brasileiros. Além desse benefício, a Empresa desenvolve outras atividades junto às comunidades da área de influência da Usina.


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Entre os projetos, destacam-se o Plano de Inserção Regional da UHE Tucuruí (PIRTUC) e o Plano Popular de Desenvolvimento Sustentável da Região a Jusante da UHE Tucuruí (PIRJUS). Por meio desses programas, a Eletrobras Eletronorte vai investir, em 20 anos, R$ 360 milhões em projetos de saúde pública, educação, meio ambiente, desenvolvimento urbano e agricultura familiar.


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O PIRTUC (Plano de Inserção Regional da UHE Tucuruí), desenvolvido em parceria com as Prefeituras de Breu Branco, Goianésia do Pará, Itupiranga, Jacundá, Nova Ipixuna, Novo Repartimento e Tucuruí. Já o PIRJUS com os municípios de Cametá, Mocajuba, Baião, Igarapé-Miri, Limoeiro do Ajuru, Oeiras do Pará, Moju, Abaetetuba e Barcarena.


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Além do Pirtuc, outro programa de inserção regional da Eletrobras Eletronorte na área de influência de Tucuruí é o Plano Popular de Desenvolvimento Sustentável da Região a Jusante da Usina Hidrelétrica Tucuruí – PPDJUS. Primeira empresa do Setor Elétrico a reconhecer impactos socioambientais a jusante de uma hidrelétrica, beneficia os municípios de Cametá, Baião, Mocajuba, Limoeiro do Ajarú e Igarapé-Mirim. O PPDJUS também tem suas ações definidas por um conselho gestor, do qual participam instituições de ensino e pesquisa, governos municipal, estadual e federal, movimentos sociais e Eletrobras.


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São diversas as obras, tais como pavimentação asfáltica, construção de escolas, hospitais, doação de equipamentos e maquinários, projetos de capacitação, erradicação do analfabetismo e geração de renda.


As prioridades são relacionadas à Agricultura Familiar, Aquicultura e Pesca, Saúde e Saneamento Básico, Educação e Formação Profissional, Meio Ambiente, Ordenamento Territorial e Infraestrutura para o Desenvolvimento. Todas as ações estão sendo implementadas num período de 20 anos (até 2022) e envolvem recursos da ordem de R$ 200 milhões.


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Outra ação é o Programa Parakanã, desenvolvido desde 1988 em parceria com a Funai. Considerado modelo, ajudou a reverter o quadro de extinção em que se encontrava essa nação indígena. O programa desenvolve ações nas áreas de saúde, educação, meio ambiente, apoio à produção, documentação e memória. O sucesso dessa iniciativa pode ser dimensionado pelo crescimento da população Parakanã, que corria risco de extinção. Em 1986 eram 247 índios e em 2009 já contabilizavam 784.


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MEIO AMBIENTE


Em Tucuruí, o gerenciamento ambiental foi adotado antes mesmo da existência de exigências legais no País. Atualmente, o gerenciamento ambiental da Hidrelétrica orienta-se pelo Plano de Ações Ambientais, que têm como objetivo mitigar, compensar, ou controlar os impactos ambientais decorrentes da operação da Usina.


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A Eletrobras Eletronorte promove o desenvolvimento sustentável da pesca por meio da preservação de espécies e do estoque pesqueiro, além da qualificação dos pescadores artesanais. Também está sendo feita a demarcação de parques aquícolas para a produção de peixes em tanques-rede e um centro de produção de alevinos.


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Outras ações envolvem a recuperação de áreas degradadas pela extração de solos. Esta atividade é suprida pelo banco genético de 82 espécies florestais coletadas antes da inundação do reservatório, mantido na Ilha de Germoplasma. Ali também estão cerca de 400 espécies de árvores que servirão como matrizes para coleta de sementes de diversas espécies para serem replantadas em toda a Região Amazônica.


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Esse programa também é uma alternativa de geração de renda para a comunidade indígena Parakanã, que já comercializa sementes de mogno, tatajuba e castanha-do-pará.


Em parceria com a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente do Estado do Pará (Sectam), a Eletrobras Eletronorte auxilia na implantação e manejo de unidades do Mosaico de Unidades de Conservação do Lago de Tucuruí e do Parque Estadual da Serra dos Martírios/Andorinhas, formado pela Área de Proteção Ambiental do Lago de Tucuruí e pelas reservas de Desenvolvimento Sustentável Alcobaça e Pucuruí-Ararão, é o primeiro em implantação no País com recursos de compensação ambiental.


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A pesca no lago da Usina é a principal atividade econômica para mais de dez mil pescadores da região, que conseguem tirar do reservatório uma média de seis mil toneladas de peixes por ano. O Programa de Pesca e Ictiofauna envolve ações de conservação das espécies de peixes, gerenciamento do estoque pesqueiro, cursos de aproveitamento total do pescado, capacitação profissional, além da distribuição de alevinos de espécies regionais para projetos de criação em tanques.


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Fotos que contam a Historia.


Historias que ficam na lembrança dos pioneiros moradores, por conta do desenvolvimento não tem mais as riquezas naturais, a castanha do Pará, bacuri, jatobá, as caças, todas as plantações, muita criação. Como disseram éramos felizes e não sabíamos. Os desapropriados de Remansão do Centro, de Breu Branco etc…Eta saudade medonha.


Tudo era fartura, ia no mato tinha frutas, ia no rio, no lago, no igarapé, tinha alimento de montão.


 


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Saudades de quem veio e foi embora, onde passou toda adolescência e parte adulta aqui, um misto de alegria e lembranças faz parte da vida do tempo de 1980.

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