DE ALCOBAÇA A TUCURUÍ
Cada lugar tem sua história de origem. Desde os primeiros tempos, o homem tem se preocupado em registrar as maravilhas do mundo. De lá pra cá, as antigas escrituras encontradas tornaram-se para a humanidade o único meio de conseguir informações dos acontecimentos históricos do cenário onde nascemos ou vivemos.
Com o objetivo de avivar parte das memorias de nossa Cidade, esquecidas pelo tempo, o Museu Virtual de Tucuruí surge como uma ferramenta a mais, para a reconstrução e consolidação da nossa identidade cultural.
A realidade de Tucuruí depende de dois momentos históricos. O primeiro foi à implantação da Estrada de Ferro do Tocantins que visava superar as corredeiras e cachoeiras do Rio Tocantins, e a segunda foi à construção da maior escultura do capital internacional da Amazônia, a Hidrelétrica de Tucuruí. Desses Projetos decorreram inúmeros condicionamentos que influenciaram até os hábitos dos moradores de Tucuruí.
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FATOS HISTORICOS
O museu virtual de Tucuruí faz uma viagem cronológica no tempo e destaca as principais datas e fatos que marcaram o curso da História desse importante município paraense, detentor de grande potencial energético e econômico.
Os principais fatos históricos que deram origem ao contexto em que hoje se apresenta inserida a História de Tucuruí, surgem no Período Colonial, mais precisamente por volta do ano de 1625.
PERIODO COLONIAL – 1625
O Frei Cristóvão de Lisboa, a mando da coroa portuguesa , chega a região para tentar contato com os índios, dando continuidade ao processo de catequização e formação de missões, iniciado desde o descobrimento do Brasil.
Nesse período o Governador da Província do Grão-Pará era o Capitão-Mor Bento Maciel Parente (de 18/06/1622 a 06/12/1626).
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Os primeiros habitantes da região onde surgiria o município de Tucuruí foram os índios Assurinis do Trocará, os Parakanãs e os Gaviões da Montanha.
AssurinisGaviões
Indios gavioes
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1781
O então Governador, José Nápoles Telles de Menezes, funda o lugarejo de São Bernardo de Perdeneiras, às margens do Rio Tocantins, município de Baião. O lugar tinha duplo caráter sobre a navegação: Fiscal e Militar. Era preocupação da coroa a presença de espanhóis, franceses e holandeses na região, que também tinham grande interesse nas abundantes riquezas da região.
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1782
O Governador Telles de Menezes criou o Registro de Alcobaça com o caráter militar e alfandegário, visando conter a fuga dos escravos de Cametá. Nesse mesmo ano, o Major João Vasco Manoel Brawm, vindo instalar o Registro de Alcobaça, encontrou o Mocambo da negra Felipa Maria Aranha.
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Quando o governador mandou construir um Forte de Faxina, já existia no local um Mocambo comandado por uma mulher chamada Felipa Maria Aranha uma negra, líder feminina que liderou o Mocambo de Alcobaça.
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Ela tinha sobre seu poder cerca de 300 negros que haviam fugido de engenhos da região de Cametá. Os negros que haviam fugido da escravidão viviam em uma verdadeira república, com jurisdição policial por eles criada, promovendo a agricultura de subsistência, e é a partir daquele Mocambo que se inicia a historia do atual município de Tucuruí.
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PERIODO IMPERIAL
1868
O General José Vieira Couto de Magalhães fez o levantamento da Carta Hidrográfica dos Rios Araguaia e Tocantins com o objetivo de mandar por via fluvial, munição para as tropas brasileiras para atacar o exercito paraguaio por sua retaguarda, com isso o governo Imperial deu-lhe a concessão da navegação dos Rios Araguaia/Tocantins.
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1870
Em 31 de outubro deste ano, através da lei nº 661, o lugarejo São Bernardo de Perdeneiras passa a ser chamado de Freguesia de São Pedro do Alto Tocantins, ficando situado no município de Baião, lugar de maior aglomeração populacional, naquele trecho do Rio Tocantins. Nesse período governaram o Estado do Pará: Abel Graça e Joaquim Pires Machado Portela (1870-1871).
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1875
A Freguesia de São Pedro do Alto Tocantins passa a ser denominada Freguesia de São Pedro de Alcobaça, através da Lei nº 839, de 19 de abril. Nessa época o Governo do Estado era Francisco Maria de Sá e Benevides (1875 a 1876). Tucuruí passou a ser conhecido como Alcobaça, nome tirado de um lugar do reino de Portugal. Sua finalidade era domesticar os índios, aprisionar escravos fugitivos, contrabandistas de ouro que desciam das minas goianas e mato-grossenses, pelo Rio Tocantins.
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1885
Pelo Decreto 9.405 de 21/03/1885 foi dada a concessão a José Negreiro de Almeida Sobrinho para construir uma estrada de ferro entre Alcobaça, no Pará, e Boa Vista, em Goiás, com garantia de juros de 5% sobre o capital máximo de 16 mil contos de réis.
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PERIODO REPUBLICANO
1890
Através do Decreto nº 862, de 16 de outubro depois de formada a “Companhia de Viação Férrea e Fluvial do Tocantins Araguaia”, o Governo Republicano concedeu ao General Joaquim Rodrigues de Moraes Jardim a liberação da companhia para a construção da Estrada de Ferro Norte do Brasil. O Governador do Estado nessa época era Justo Leite Chermont (1889 a 1891)
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1894
Instala-se em Alcobaça a Companhia de Navegação Férrea Fluvial/Araguaia-Tocantins, com objetivo de construir a Estrada Ferro Tocantins ligando Alcobaça até a Praia da Rainha no município de Itupiranga (175 km), vencendo o trecho de corredeiras do Rio Tocantins melhorando assim o intercâmbio com o Estado de Goiás.
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1895
Iniciam os trabalhos da construção da Estrada de Ferro Norte do Brasil. Inúmeras pessoas deslocam-se para a região em busca de trabalho, principalmente nordestinos, mocajubenses e cametaenses.
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1905
A Companhia de Estradas de Ferro do Norte do Brasil consegue empréstimo no exterior para dar cumprimento ao seu contrato de construção, cujos trabalhos foram iniciados nesse mesmo ano. O projeto tinha como objetivo a transposição do trecho entre Tucuruí e Jatobal, que dificultava a navegação entre o Pará e Goiás pelos Rios Tocantins e Araguaia.
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1908
Em 1908, foram iniciados os trabalhos, tendo em 1916 sido alcançado o quilômetro 82, na metade do trecho Alcobaça-Praia da Rainha, quando por dificuldades financeiras, a Companhia concessionária entrou em liquidação.
Foi então suspenso o serviço de seus tráfegos terrestres e fluvial e começou a odisseia que havia de marcar, tão tristemente, os dias da desditosa ferrovia. Primeiramente entregue ao depositório judicial, foi essa estrada de ferro vítima de assaltos de quantos aventureiros acharam proveitoso o saque de seu material e acervo.
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1911
O Decreto 9.171 tenta mudar o ponto inicial da Estrada de Ferro Tocantins para Cametá, localizada a 201 km a jusante de Alcobaça, fato este não concretizado devido a forças politicas e financeiras.
1914
As obras finalmente chegam ao quilômetro 58. O Decreto 10.926 de 10/06/1914, devido a atrasos, concedeu novos prazos para o término da obra.
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1916
Os trilhos chegaram até o quilômetro 82. Neste mesmo ano pelo Decreto 12.248 de 01/11/1916, foi feita uma revisão dos contratos, dado que não poderiam ser cumpridos.
Estabeleceu-se que a estrada deveria alcançar o quilômetro 100. Neste mesmo ano a Companhia se reorganizou, adotando a denominação de Estrada de Ferro do Tocantins.
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1920
Pelo Decreto 14.369 foi declarada a caducidade da concessão por parte do Governo Federal reduzindo assim o valor da obra.
1922
O Governo Federal sob a presidência do Sr Epitácio Pessoa, arremata em hasta pública, a ferrovia pela soma de R$ 1.218.000.000 (contos de reis).
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1924
O Ministro Pires, examina “in loco” as dificuldades da Estrada de Ferro Tocantins, encontrando problemas estruturais e orçamentários, aconselha a imediata retirada dos trilhos daquele trecho da Estrada.
1925
O Governo Federal arrenda a ferrovia ao Governo do Estado do Pará que, em angustiante crise financeira, muito pouco pode fazer para o seu desenvolvimento, neste mesmo ano foi nomeado dois administradores para a estrada.
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1926
Muito precariamente, voltaram a circular trens no trecho reconstruído da EFT, pelo Governo do Pará, favorecendo alguns poucos fazendeiros da região, sendo que a locomotiva Arapari tracionou um trem carregado de castanha-do-pará.
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1927
Visando o estabelecimento do tráfego rodo ferroviário, o Estado do Pará constrói a ligação rodoviária da ponta dos trilhos até a cachoeira de Itaboca.
1928
Queda da ponte de madeira sobre o Rio Pucuruí, no km 67, interrompeu novamente o tráfego entre Alcobaça e a ponta dos trilhos, provocando grande desanimo no governo estadual.
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1932
O Governo do Pará, do então interventor Federal Magalhães Barata, devido a problemas de interrupção de tráfego, solicitou ao governo federal a rescisão do contrato de arrendamento da Estrada de Ferro Tocantins, ficando a administração da ferrovia entregue à Inspetoria Federal de Estradas.
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1939
A Inspetoria Federal de Estradas conseguiu colocar em tráfego toda a extensão da ferrovia e iniciou os trabalhos de prolongamento até Jatobal.
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1943
Por força do Decreto-lei nº 4.515, em 30 de dezembro, a Freguesia de São Pedro de Alcobaça passa a denominação definitiva de Tucuruí. O novo nome, cujo significado é “Rio das Formigas ou “Rio dos Gafanhotos”. O Estado era Governado por Joaquim de Magalhães Cardoso Barata (1943 a 1945).
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1944
A ponta dos trilhos chega a Jatobal, embora o tráfego não estivesse aberto devido à falta de pregação de talas, alargamento de aterros, etc. Ainda neste mesmo ano através do Decreto-Lei 7.173 de 19/12/1944, a administração da Estrada de Ferro Tocantins passou para a Fundação Brasil Central.
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1947
Através da Lei nº 062, de 31 de dezembro deste ano, Tucuruí é desmembrada de Baião e elevada à condição de município. A partir daí o povoamento do lugar se dá de forma acelerada, não só em função das riquezas naturais disponíveis, mas também pela comunicação com a Região Centro-Oeste. Tucuruí passa a ser um movimentado entreposto comercial da região formada pelos Rios Tocantins e Araguaia.
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1948
Acontecem as primeiras eleições para prefeito. Assume a Prefeitura o Sr. Alexandre José Francês, nesse mesmo ano a Câmara Municipal de Tucuruí foi instalada.
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1953
Neste ano aconteceu a 2ª eleição municipal, sendo eleito o Sr. Nicolau Zumero que tinha sido Vice prefeito do seu Mimico. Foram adquiridas duas locomotivas e seis vagões pranchas, da Estrada de Ferro Sorocabana, pelo intermédio do DNEF, para a EFT. A primeira locomotiva adquirida para a Estrada de Ferro Tocantins chegou em junho de 1953.
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1957
O aproveitamento do potencial do Rio Tocantins passa a ser de grande interesse do Governo Federal. Começam ainda nesse ano, os estudos para a construção da Usina Hidrelétrica de Tucuruí. Estes estudos se estenderam pela década seguinte. Neste mesmo ano o Sr Alexandre José Francês é novamente eleito Prefeito de Tucuruí.
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Alexandre José Frances pela 2ª vez Prefeito de Tucuruí.
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Seu Mimico(braço estendido) pela 2ª vez Prefeito de Tucuruí.
1961
Através de eleição direta foi eleito Prefeito de Tucurui o Sr José Kleber Beliche – 1961 a 1964.
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seu Lelé – (braço estendido) – 1961 a 1964
1966
O Decreto 58.992/66 dispôs sobre a extinção de ramais antieconômicos e sua substituição por rodovias. Isto determinou a extinção da Estrada de Ferro Tocantins e sua substituição pela Rodovia BR-135. O Prefeito de Tucuruí na época era o Sr Raimundo Ribeiro de Souza que também havia sido Diretor da Estrada de Ferro Tocantins.
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Raimundo Ribeiro de Sousa Prefeito-1965 a 1968
Raimundo Ribeiro de Sousa Prefeito-1965 a 1968
1969
A Estrada de Ferro Tocantins entra em decadência e falência, o Prefeito era novamente o Sr José Kleber Beliche que nada podia fazer para evitar o que estava por vir.
DÉCADA DE 1970
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Na década de 70 iniciam-se os trabalhos para a construção da hidrelétrica e o município começa a ganhar a infraestrutura necessária. São construídos um aeroporto e vilas para abrigar os operários, engenheiros e demais funcionários da obra.(Vilas Permanente e Temporárias I e II).As vilas da Eletronorte foram bem planejadas, contando com água e esgoto tratados, ruas pavimentadas com espaços verdes, supermercados, escolas, creches, clubes, entre outras comodidades.
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1972
A Eletrobrás Eletronorte iniciou os estudos de Inventário Hidrelétrico da Bacia do Rio Tocantins, analisando-se desde sua nascente até a confluência com o Rio Araguaia. A divisão de quedas estabelecida nesses estudos apontou o aproveitamento de Tucuruí como o mais interessante a ser implantado em primeira edição e, antes da conclusão do inventário, foi iniciado o Estudo de Viabilidade da Usina de Tucuruí.
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Corredeiras na Cachoreira Itaboca – antes da barragem
1973
Em 20/06/1973 foi fundada as Centrais Elétricas do Norte do Brasil S/A – Eletronorte, que passou então a coordenar a realização dos trabalhos que até aquele momento estavam sob a responsabilidade da Eletrobras.
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A Eletronorte contratou o Consórcio Engevix-Themag para realizar o desenvolvimento do Projeto básico da UHE Tucuruí.
2008
1974
Já na administração municipal de Manoel Carlos Silva os trilhos da Estrada de Ferro Tocantins são definitivamente arrancados. Um lamento muito grande para uma cidade que via o seu crescimento sendo travado com o fim da Estrada de Ferro Tocantins.
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A Locomotiva Belém faz a sua ultima viagem e dá seu apito final. A velha ferrovia foi extinta em 17/11/1973.
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Desfile 7 de setembro – 60 anos
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Epílogo do texto do Ferroviário Orlando Silva, escrito pela ocasião do fechamento da Estrada de Ferro Tocantins.
“Tudo está consumado. Ouvimos o que foi a despedida dos ferroviários à sua velha estrada. Lágrimas incontidas e rebeldes correram de muitos pares de olhos. De nada serviu, o óculos escuro de que me armei. Várias vezes usei o lenço. Não pude colocar a pedra recomendada pelo Diretor Raimundo Ribeiro de Souza no lugar do meu coração. Ele mesmo, o Diquinho, mesmo com uma pedra no coração, fumou vários cigarros antes do discurso que proferiu. Trocou o coração, mas quase corta os lábios de tanto mordê-los. Agora resta-me apenas dizer mais um ‘ADEUS’ à Estrada de Ferro Tocantins! Fostes riscada do plano ferroviário, mas ninguém poderá riscar-te do meu coração. ‘Estás pagando o preço do progresso do Brasil’”.
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TUCURUÍ RECEBE SEUS IMIGRANTES
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Faixa Apresentada no Desfile de 60 anos de Tucuruí
Período Contemporâneo
1975
Em 25/07/1975, ainda sob a administração municipal de Manoel Carlos Silva, com a implantação da Vila Pioneira, iniciou-se a construção da Usina a cargo da Empresa Construções e Comércio Camargo Corrêa S/A.
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Alojamento da Vila Pioneira
Durante a execução das obras da etapa inicial, e paralelamente aos estudos energéticos, o consórcio Engevix-Themag deu início aos estudos de engenharia civil e eletromecânica, visando à definição das estruturas e dos equipamentos da expansão dos trabalhos. Três fatos marcaram essa fase:
1 – A remoção de toda uma população de três povoados localizados na área a ser inundada para a formação do reservatório: Novo Repartimento, Breu Branco e Jacundá.
Construção das novas vilas
Construção das novas vilas, Breu, Repartimento
2 – A retirada de madeira – a concessão foi dada à Empresa CAPEMI, que não cumpriu o contrato. Resultado: cerca de 125 mil hectares de madeiras ficaram submersas pelo lago da usina.
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CAPEMI – Não cumpriu contrato
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Mata submersa no lago da Usina
3 – O resgate de animais (Operação Curupira) – apesar dos esforços, milhares de espécies de animais morreram em função do rápido enchimento das águas.
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Operação Curupira
1976
A Cidade de Tucuruí começa a sentir os ventos de um novo projeto de desenvolvimento, inicio da infraestrutura da cidade e do desmatamento do local onde seria construído as vilas residenciais.
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1977
Já sob a administração municipal do Sr. Pedro Paulo Antonio Miléo, num período de transição da Estrada de Ferro Tocantins para Usina Hidrelétrica de Tucuruí, teve inicio oficial as obras civis da construção da usina.
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1978
Lançamento da primeira caçamba de concreto na obra da usina de Tucuruí, neste mesmo ano foi concluído a construção de uma vila para abrigar os trabalhadores que viriam de todas as Regiões do Brasil.
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1979
Inicio da construção das obras, foi elaborado também o plano de controle ambiental, com o objetivo de amenizar os impactos que iriam ser gerados com a formação do lago da usina. O Rio foi desviado e as construções estavam bem aceleradas, não se imaginava o que estava por vim.
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1980
Assinado os primeiros contratos de fornecimento de energia com o Estado do Maranhão, com objetivo de fornecer energia para a Região Oeste do Estado. Só que o fato que marcou esse ano foi a cheia do Rio Tocantins que inundou toda a parte baixa da cidade.
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1981 – 1982
Chegada dos primeiros equipamentos importados. Energia fornecida pela Chesf abastece canteiro de obras. No auge da obra o canteiro chegou ao montante de mobilizar 30.200 pessoas, um formigueiro que fazia jus ao nome da Cidade de Tucuruí (Rio das Formigas).
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1983
Chegada das primeiras rodas de turbina e transformadores, a obra começa a chegar ao seu fim.
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1984
Na administração de Claudio Furman, a Usina Hidrelétrica de Tucuruí tem sua 1ª etapa concluída em 22 de novembro de1984 e é inaugurada pelo então Presidente João Batista Figueiredo, com potência instalada de 4000 MW. A partir daí, teve inicio do enchimento do reservatório. A segunda etapa é concluída apenas em meados de 2007 elevando a capacidade para 8000 MW.
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1985
Entrada em operação da terceira, quarta e quinta turbinas. Conclusão da Operação Curupira, com o resgate de 682 animais.
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1986 – 1987
Entra operação a sexta turbina. O sul do Pará começa a ser atendido. Entra em operação o segundo circuito da LT Presidente Dutra-São Luís. Entra em operação a sétima e oitava turbinas e a desativação do parque térmico de Belém.
1988 – 1989 – 1991
Duplicada a LT entre a Usina e a subestação Presidente Dutra (MA). E são energizados os transformadores das subestações Vila do Conde (PA), Marabá (PA), Imperatriz (MA) e Presidente Dutra (MA). Entram em operação a nona, a décima, e a 11ª turbinas.
1992
Conclusão da primeira fase com a operação da 12ª turbina (05 de novembro de 1992), totalizando 4.245 MW de potência instalada. Neste mesmo ano Tucuruí perde grande parte de seu território com a emancipação de Novo Repartimento e Breu Branco.
1998
Retomada as obras de construção da segunda etapa da Usina Hidrelétrica de Tucuruí, com previsão para instalação de mais onze unidades geradoras.
2002 – 2003
Aprovação do Plano de Inserção Regional (PIRTUC). Conclusão da barragem de terra. Aprovação do Plano de Desenvolvimento Sustentável a Jusante – PDJUS. Entrada em operação comercial da 13ª, 14ª e 15ª turbinas.
2004
Início da implantação do Mosaico de Unidades de Conservação e do Parque Estadual da Serra dos Martírios/Andorinhas. Aprovado convênio do Projeto de Ordenamento Territorial da Região a Jusante da Usina Hidrelétrica Tucuruí. Nesse mesmo ano entra em operação a 16ª e 17ª turbina.
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2005 – 2006
Entrada em operação da 18ª, 19ª, 20ª, 21ª, 22ª e 23ª turbinas.
2006
É concluída a segunda etapa da Usina Hidrelétrica de Tucuruí. Segundo o governo, cerca de 40 milhões de brasileiros serão beneficiados com a oferta de energia.
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2007
São retomadas as obras das Eclusas de Tucuruí, iniciadas em 1981 e paralisadas por falta de verbas. As eclusas são de suma importância para a região, considerando-se que passa a ser um trecho vital para o escoamento da produção da Região Centro-Oeste do Brasil.
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Inauguração das Eclusas de Tucuruí em 30/11/2010.
O Prefeito Sancler Ferreira emocionado falou: “Hoje se vira a página do maior passivo socioambiental da Usina Hidrelétrica de Tucuruí, as Obras das Eclusas que demoraram 29 anos até ficarem prontas e vem trazer de volta a navegabilidade do Rio Tocantins”.
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A Governadora do Pará, Ana Júlia Carepa, declarou que o Estado tem uma nova rota de escoamento da produção e de transporte. “As Eclusas começam a viabilizar a Hidrovia Araguaia-Tocantins. Os custos do transporte no Pará vão ser reduzidos em até 15%. Vamos garantir a verticalização da produção, para que seja gerado emprego e renda no Estado do Pará”.
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O Presidente Lula falou sobre as eclusas e destacou a importância do seu papel social: “Essas eclusas que inauguramos hoje, que é uma obra gigantesca, só terão sentido se significarem a melhoria da qualidade de vida de mulheres e homens desse País”. Se elas apenas beneficiarem grandes grupos econômicos, estaremos apenas repetindo os erros históricos do Brasil, onde quem era rico ficava mais rico, e quem era pobre, ficava mais pobre”.
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A Presidenta eleita Dilma Rousseff, afirmou: “Hoje é um momento em que vemos uma grande obra ser finalizada. Todos ficamos impressionados quando a porta da eclusa se abriu e se fechou. É uma obra de engenharia impressionante,mas, por trás da obra, o que tem são as vidas e as oportunidades para as pessoas. É isso que importa. As eclusas de Tucuruí abrem para o Estado do Pará, para a região Norte e Nordeste, uma oportunidade de crescimento econômico, de geração de emprego e renda. Essa foi uma obra de equipe, em que atuaram os ministérios dos Transportes, de Minas e Energia, do Meio Ambiente e das Cidades”.
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Esperamos que aconteça a navegabilidade dessa engenharia e que seus moradores não fiquem só a ver as barcaças passando com nossas riquezas. Cumpram, seu papel social, como bem disse o Presidente Luiz Inacio Lula da Silva.
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Obrigada a todos os trabalhadores anônimos, aos idealizadores, aos primitivos, as mulheres, jovens, aos filhos da barragem, movimentos sociais, a todas as autoridades que tiveram a coragem e a ousadia de construir essa Historia com amor, dedicação e muito trabalho, ajudaram na construção desse País. Acima de tudo, obrigada a DEUS ONIPOTENTE-(A TI SENHOR TODA HONRA E TODA GLORIA). Eu como filha desta Cidade, hoje compreendo o significado do suor, do sangue e das lagrimas aqui derramadas desses pioneiros desbravadores que desde 1625 até os dias de hoje 2013, constrói a Historia de TUCURUÍ.
O que eu não posso deixar de dizer, que esse monumento foi feito para o Brasil, para o meu povo, ficaram as mazelas, eu não tenho meus castanhais, meus igarapés Santos e Santana, Minha Cidade cresceu sim, mais seu povo ficou pobre de cultura, os ribeirinhos perderam os peixes, o mundo de hoje com certeza não é o mesmo de ontem. Muito Obrigada as minhas filhas: Kiara. Kiane, Karolina e meu esposo Zebino a toda minha família, pessoas amigas e milhares de conhecidos que me ajudaram na elaboração desse Projeto de vida.
Socorro Pompeu (Filha de Tucuruí)
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F O N T E D E P E S Q U I S A